Primeira-ministra da Jamaica pede a africanos que tomem uma atitude contra a marginalização

12/07/2006 - 20h54

Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Salvador - A primeira-ministra da Jamaica, Portia Simpson-Miller, conclamou africanos e os países da diáspora a tomarem uma atitude pró-ativa para que a África não seja mais marginalizada. “Africanos e afro-descendentes têm que estar na linha de frente para a libertação da África. Temos que levantar nossa voz contra a marginalização da África”, ressaltou.A primeira-ministra em discurso hoje (12) na 2ª Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora (Ciad), disse que africanos e afro-descendentes devem se orgulhar do seu passado e trabalhar no presente para que as tristezas das antigas e das atuais gerações não se perpetuem no futuro.Os africanos, segundo a primeira-ministra, são um povo de esperança e fé. "Sobrevivemos ao açoite da escravidão, a todo tipo de espólio, indignidade e assalto à nossa auto-estima", disse.Simpson-Miller disse que o Brasil, por sua condição emergente, pode desempenhar um papel importante tanto nas negociações comerciais como na construção da paz e da segurança para as populações africanas e para o mundo. Ela também considerou que a África pode se beneficiar dos avanços produzidos pelo Brasil na área de pesquisa e de tratamento contra a aids.