Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Mesmo partidos médios, que teoricamente não precisariam sepreocupar com a cláusula de barreira, redefiniram estratégias a fim deultrapassar, com folga, os percentuais mínimos de desempenho exigidos porlei. A opção do PDT foi o lançamento decandidato próprio à presidência, em uma chapa "puro sangue". “A candidatura própria fortalece a tese dovoto na legenda do 12, na legenda do PDT e dá uma cara e uma fisionomia para opartido ser respeitado nacionalmente”, justifica o presidente do partido,Carlos Lupi.Nas eleições de 2002, o PDT elegeu 21 deputados federais, com5,124% dos votos válidos – pouco acima do desempenho de 5% exigido por lei.“Considero que a candidatura à Presidência da República é fundamental para nosajudar a ultrapassar, com folga, a cláusula de barreira”, diz Lupi.“Na última eleição nós não tivemos candidato à presidência, eisso prejudicou um pouco. Passamos dois anos trabalhando, fortalecendo ospalanques federais em cada estado. Hoje, temos candidatos a deputados federaisem nominatas fortes nas 27 unidades da federação. Acreditamos que elegeremospelo menos um deputado em 24 estados”, avalia. Segundo ele, o PDT construiucandidatura própria em 12 estados e, nos outros, se aliou a partidos sem candidato à presidência da República,como PMDB, PPS e PSB.