Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Mesmo ameaçados pelacláusula de barreira, partidos pequenos como PCdoB, Psol, PSTU, PCO, PSDC e PSLnão abriram mão de participar da eleições para a Presidência da República. Sozinhos ou coligados, preferiram arriscaruma chapa nacional na expectativa de fortalecer a sigla.O PCdoB optou pormanter a aliança histórica com o PT, em apoio à candidatura de Luiz Inácio Lulada Silva à reeleição. A coligação inclui o PRB. “Nosso partido segueidéias, programas, orientações. A aliança é basicamente com PT e PSB, emantemos essa coerência. O problema de alcançar os 5% tinha que ser resolvidonas alianças que a gente já faz. Não podíamos fazer um movimento de 180 graus,pois não é essa a linha do partido”, justifica o presidente do PCdoB, RenatoRabelo.Em 2002, segundo ele, o partido alcançou mais de 2% dosvotos para deputado federal em nove estados, mas obteve apenas 2,25% do totalnacional de votos válidos para a Câmara.Segundo Rabelo, a aliança com PT e PRB “não ajuda nematrapalha” a busca pelos 5% dos votos para deputado federal. “Essa questão deficar livre para fazer alianças múltiplas, no nosso caso, não tem grandeinfluência, porque as alianças, mesmo num prazo longo, são feitas basicamentecom o PT, com o PSB e, uma parte menos, com o PMDB.”Rabelo diz que a estratégia do PCdoB para superar a cláusulade barreira é lançar mais candidatos, e com maior “densidade eleitoral”, tantopara a Câmara como para o Senado. “Achamos que é possível eleger 20 deputadose, evidentemente, nos aproximarmos dos 5% de votos. Além do mais, estamos fazendoum esforço para ter um número maior de candidatos ao Senado, para demonstrarque esse critério de representatividade é falso. Esse é o esforço que estamosfazendo, e as alianças, as coligações visam a isso”, afirma.