Paulo Montoia e Elaine Cruz
Repórteres da Agência Brasil
São Paulo - Uma nova onda de ataques, a maioria provavelmente deflagradapela organização Primeiro Comando da Capital (PCC), resultouem cinco mortos e várias pessoas detidas até o início da tarde dehoje (12). Segundo balanço divulgado pelo secretário de SegurançaPública do Estado, Saulo de Castro, houve 48 ataques e cincotentativas mal-sucedidas ao longo da noite de ontem e madrugada dehoje, em 18 cidades em todo o estado. De acordo coma assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, foramatacadas dez agências e postos bancários, 16 ônibus, um edifício dopoder Judiciário, dois vigilantes privados e dois policiais militares,dois supermercados, cinco empresas revendedoras de veículos, trêsdelegacias civis, cinco bases da Guarda Civil Municipal da capital,três residências de policiais militares e dois imóveis públicos, alémda sede de um sindicato e uma loja. Dos cinco mortos, três eramagentes de segurança particulares e um era policial militar. Airmã de um policial também foi morta. Dos cinco detidos, segundo asecretaria, dois eram foragidos da justiça, dois tinham passagem pelapolícia e um não tinha antecedentes criminais.No início datarde, o portal do governo paulista na internet informou que ogovernador Cláudio Lembo "conversou longamente sobre a situação daSegurança Pública com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, comquem combinou uma nova reunião de trabalho em data a ser confirmada.Segundo Lembo, "o governo de São Paulo e a União atuam em totalharmonia."No mesmo comunicado, o governo informa que "ogovernador Cláudio Lembo mantém a posição adotada ontem com relação àoferta do Governo Federal de usar a Força Nacional de Segurança Públicapara combater a criminalidade em São Paulo". Segundo o governador, oreforço policial não é oportuno nem necessário, pois o efetivo desegurança paulista é o maior e mais bem equipado entre os Estados daFederação. "E o trabalho de investigação contra a criminalidade édiário e contínuo."