Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O  professor da Fundação Getúlio Vargas Ricardo Teixeira, especializado em gestão de negócios, disse hoje (11) à Agência Brasil que qualquer solução que haja para a Varig é melhor que a falência. "Não só para funcionário, mas para todos".Segundo ele, embora a proposta de compra feita pela VarigLog não seja o ideal, "pelo menos existe uma figura jurídica que está querendo tocar a empresa adiante com um modelo diferente, que, aparentemente, é um modelo factível". A oferta da VarigLog foi acertada ontem (10) à noite pela Justiça fluminense em conjunto com a Deloitte (administradora judicial da companhia aérea), representantes da VarigLog e com o presidente da Varig, Marcelo Bottini. Pela proposta, o preço mínimo sugerido para a compra da empresa é de U$ 24 milhões, o que corresponde à linha de crédito disponibilizada pela ex-subsidiária da Varig para geração de fluxo de caixa para a companhia até o novo leilão.Na avaliação do professor, trata-se de uma proposta inteligente tendo em vista a atual situação da Varig. "Negociar é a melhor coisa, tendo em vista a manutenção da empresa. Qualquer acordo que seja feito, que preserve alguns empregos, a marca Varig e permita aos credores ter um horizonte de rendimento, é melhor do que uma situação que leva empresa a ficar falimentar". Ontem, a Justiça marcou para a próxima segunda-feira (17) a assembléia de credores em que deve ser votada a proposta da VarigLog. O segundo leilão judicial da compahia aérea deve ser realizado no dia seguinte à assembléia.