Nível de emprego da indústria paulista cresce 0,02% em junho

11/07/2006 - 16h40

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O nível de emprego na indústria de transformação paulista manteve-se estável no mês de junho. De acordo com pesquisa divulgada hoje (11) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o aumento foi de 0,02%, com a criação de 500 novos postos de trabalho. De acordo com a Fiesp, essa variação deve ser entendida como nula. No mesmo período do ano passado houve crescimento de 0,28%. A variação registrada no semestre foi de 3,65%, com 75 mil novas vagas criadas. Em todo o ano passado foram gerados 48.419 empregos. Os setores que mais contrataram, percentualmente, foram os de fabricação de máquinas para escritório e equipamentos para informática (6,17%), seguido de fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool (3,34%) e confecção de artigos para vestuário e acessórios (1,35%). Os que menos contrataram foram preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados (-1,89%), fabricação de produtos de madeira (-1,69%) e equipamentos de comunicações (-0,71%).Segundo o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, o resultado de junho não é bom se comparado aos anos anteriores, nos quais esse período sempre registra crescimento maior. “Um resultado como esse tem quase que o significado do decréscimo”, disse, acrescentando que “com o ajuste sazonal o índice seria negativo”. Ele afirmou que a indústria continua preocupada com o câmbio. “Temos observado um aumento bastante significativo de importações de produtos que são empregadores de mão de obra”. Segundo ele, as importações deslocam a produção nacional e geram crise em vários setores. De acordo com as expectativas de Francini, o crescimento da indústria deverá ser de 4% no ano. “Porém há de ser um crescimento que vai carregar pouco crescimento do emprego na indústria, o que é atípico, mas claramente em função da apreciação cambial que vivemos hoje”.