STF concede <i>habeas corpus</i> a fazendeiro acusado do assassinato de Dorothy Stang

29/06/2006 - 15h13

Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu hoje (29) habeas corpus ao fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão. Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da freira norte-americana Dorothy Stang. O relator Cezar Peluso e os ministros do STF Sepúlveda Pertence e Marco Aurélio consideraram ilegal a prisão preventiva.

Há dois meses, o fazendeiro Amair Feijoli da Cunha, conhecido como Tato, confessou ter encomendado a morte de Dorothy e foi condenado a 18 anos de prisão. Os dois executores do assassinato, Rayfran das Neves e Clodoaldo Batista, disseram que Tato ofereceu R$ 50 mil pela morte da missionária. Rayfran, assassino confesso, foi condenado a 27 anos e Batista, a 18 anos.

Além de confessar o crime, Tato apontou Regivaldo e Vitalmiro Bastos de Moura, chmado de Bida, como os mandantes. Segundo Tato, eles encomendaram a morte porque Dorothy havia denunciado Bida e Taradão por crime ambiental.

A missionária trabalhava havia mais de 30 anos com pequenas comunidades pelo direito à terra e a favor da exploração sustentável da Amazônia. Ela foi assassinada no dia 12 de fevereiro, em uma estrada de terra, próxima ao município de Anapu (PA).