Preço de petróleo e crise na bolívia contribuem para investimentos

29/06/2006 - 7h58

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio - O atual momento do setor petrolífero, com a demanda em franca expansão e o preço do barril do petróleo variando entre os US$ 60 e os US$ 70, pode favorecer o surgimento, no Brasil, de um novo segmento industrial do setor: o dos pequenos e médios produtores.

A avaliação é do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima. Ele também acredita que a crise na Bolívia possa favorecer o surgimento deste setor. Por essas razões, a ANP prevê que a segunda rodada de licitação de Áreas Inativas tenha o mesmo sucesso da primeira, quando foram transferidas para a iniciativa privada 16 das 17 áreas ofertadas.

"Estamos esperançosos de que o pequeno e médio empresariado brasileiro despertem para essa atividade nova, já que o petróleo está com cotação muito alta no mercado externo", disse Lima, em entrevista à Agência Brasil. "Isso faz com que mesmo uma pequena produção de petróleo venha a ser significativa para pequenos e médios empresários".

A segunda rodada está prevista para ocorrer hoje (29), quando a ANP ofertará áreas em terra nas bacias maduras de Potiguar (RN) e Espírito Santo (ES) e na bacia de Barreirinhas (MA), praticamente inexplorada, o que totaliza cerca de 300 quilômetros quadrados.

O diretor-geral da ANP lembrou que, em 2005, a agência realizou pela primeira vez uma rodada de licitações nessas áreas. Na ocasião, foram ofertadas 17 áreas na Bahia e no Sergipe, todas com poços perfurados, que produziram no passado, mas estavam com produção reduzida. Por causa do baixo retorno do investimento, elas foram fechadas pela Petrobras e devolvidos à ANP.