PIB cresce 9,3% nos primeiros três meses do ano em relação ao mesmo período de 2005, diz IBGE

29/06/2006 - 14h17

Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil

Rio - O valor nominal do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país) cresceu 9,3% no primeiro trimestre de 2006 na comparação ao mesmo período de 2005. Nos três primeiros meses deste ano, o PIB chegou a R$ 478,9 bilhões, superando os R$ 438,2 bilhões registrados no primeiro trimestre de 2005.

Os dados, divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirmam o crescimento do PIB em valores nominais, já que o aumento de 3,4% em termos de volume foi informado há um mês pelo instituto.

Assim como no aspecto do volume, os investimentos na economia foram o destaque dos componentes do PIB em termos nominais. A taxa de investimento de janeiro a março de 2006 atingiu 20,4% do indicador, o maior número para o período do ano desde 2001.

De acordo com Maria Laura Muanis, da Coordenação de Contas Trimestrais do IBGE, a recuperação dos investimentos no primeiro trimestre do ano foi causada por vários componentes. Dentre eles, a queda na taxa de juros e os investimentos do governo, principalmente nas estradas.

"O investimento, principalmente o produtivo, é muito importante, pois dá perspectivas futuras para a economia. Então quanto maior essa taxa, melhor".

Os dados também mostram a redução na participação da Taxa de Poupança Bruta no total do PIB. A taxa, que significa o quanto o país tem disponível de reservas, alcançou 21,6% do PIB – um recuo de 0,7 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2005.

Segundo Muanis, a queda é fruto do aumento do consumo, tanto das famílias como do governo. O aumento do consumo, acrescenta, faz com que menos recursos sejam destinados à poupança.

Ela disse que esse aumento pode ser atribuído à ampliação da massa salarial, que é resultado tanto do aumento de número de pessoas ocupadas como dos rendimentos recebidos. Ela também citou a redução da taxa de juros e a ampliação do crédito como fatores que fizeram as pessoas consumirem mais.