Famílias de áreas próximas ao sobrado que desabou em Recife terão de deixar imóveis

29/06/2006 - 8h40

Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil

Recife - Famílias que vivem em 18 imóveis no centro da capital pernambucana, situados em três ruas próximas ao local em que ocorreu o desabamento parcial de um sobrado na última terça-feira (27), terão de desocupar as moradias o mais rápido possível.

A informação foi dada pela coordenadora da Comissão Municipal de Defesa Civil, Nina Macário. Ela disse que a medida é necessária por questões de segurança, para possibilitar a retirada dos escombros e a demolição das ruínas dos sete imóveis danificados no acidente. No desabamento, sete pessoas morreram e oito ficaram feridas. "O trabalho terá início logo que a área venha a ser liberada pelas equipes do Instituto de Criminalística, que fazem um levantamento no local da ocorrência", explicou Nina.

As famílias estão sendo convencidas por funcionários da prefeitura a deixar as habitações espontaneamente. Para facilitar a saída, foram disponibilizados veículos que irão transportar as mudanças até casas de parentes e amigos. Caso haja resistência, a prefeitura recorrerá à justiça para retirar as pessoas das áreas de risco.

O imóvel que desmoronou pertencia ao engenheiro agrônomo Júlio Cal Vidal, que mora em Fortaleza. Em outubro do ano passado, ele já tinha sido intimado pela prefeitura a promover obras no sobrado centenário, que estava com a estrutura danificada, mas ingressou com uma ação na justiça contra o município para se isentar da responsabilidade pela recuperação do imóvel, localizado em área de sítio histórico.