Campo de petróleo na Bahia é exemplo de área recuperada

29/06/2006 - 6h58

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio – A Agência Nacional de Petróleo (ANP) cita o Projeto Campo-Escola de Quiambina, na Bahia, como um exemplo de que é possível e economicamente viável a recuperação das Áreas Inativas com Acumulações Marginais. Iniciado em 2004, o Campo-Escola faz parte de uma antiga jazida petrolífera inativa.

O campo está sob a responsabilidade da ANP desde 1998 e foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tem um poço em operação, que, entre janeiro de 2004 e fevereiro de 2006, produziu 10,5 mil barris de petróleo.

Foram investidos cerca de R$ 300 mil em obras de restauração e preparação, na aquisição de equipamentos necessários à reabilitação da área e nos serviços de sondagem realizados. Deduzidos os investimentos, o projeto de Quiambina obteve lucro liquido de cerca de R$ 418 mil, reinvestidos no próprio campo-escola.

O projeto é uma espécie de laboratório usado pela ANP e pela UFBA para treinamento de alunos de cursos de especialização e de graduação em Engenharia de Minas e Petróleo da universidade. Com base nessa experiência, este ano, foi viabilizado, também na Bahia, o Campo Fazenda Mamoeiro, projeto para produção de gás.

São consideradas áreas inativas com acumulações marginais campos antigos já explorados de petróleo e gás natural, mas cuja produção encontra-se suspensa em razão da pouca rentabilidade da atividade. Existem atualmente 156 campos marginais no Brasil que concentram 0,6% das reservas brasileiras de petróleo.