Mantega e presidentes de bancos federais farão balanço da oferta de crédito

27/06/2006 - 20h13

Brasília, 27/6/2006 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, terá reunião amanhã (28) com os presidentes dos bancos federais para fazer um balanço da oferta de crédito no primeiro semestre. De acordo com o ministro, o crescimento em mais de 30% nas operações de empréstimos no últimos três anos e meio é um reflexo significativo da solidez da economia brasileira.

Relatório divulgado ontem (26) pelo Banco Central também informa que nos últimos 12 anos os empréstimos cresceram 22%. "Essas são notícias boas porque estimulam o consumo e, portanto, o mercado interno. E por outro lado estimulam o investimento e nos dão a segurança de que estamos na rota do crescimento sustentado", comentou o ministro.

O ministro lembrou que o volume de crédito é de quase 32% do Produto Interno Bruto (PIB): "Em relação a outros países é pouco, mas em relação ao Brasil é um avanço substancial". E afirmou que esse movimento se deve ao fato de o Brasil ter alcançado a confiança do setor financeiro, em conseqüência de mecanismos que dão garantias sólidas, como a Lei de Falências. "Hoje o crédito é mais seguro. Para uma instituição financeira liberar um crédito ela tem mais segurança de que vai receber de volta", disse.

Mantega também atribuiu o aumento de crédito à solidez da política econômica: "Com uma inflação baixa, o empresário pode fazer o planejamento de longo prazo, porque ele sabe o custo dele, sabe o que vai acontecer. O consumidor também tem crédito de longo prazo justamente porque o país está sólido, porque não tem inflação, porque o país não vai quebrar, porque o país enfrenta as crises internacionais de forma consistente".

Nesse cenário, lembrou, os bancos passam a disputar o mercado de crédito e acabam reduzindo as suas taxas de juros e ampliando o volume de recursos destinados aos empréstimos.

Participarão da reunião com Mantega os presidentes do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).