Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A abertura do primeiro encontro entre sociedade civil e governo federal sobre as políticas de economia solidária foi marcada pelo debate sobre como tornar o conceito uma estratégia de desenvolvimento para o país. Um dos principais incentivadores do tema, o secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Paul Singer, afirmou que essa tendência que reúne associações e cooperativas se tornou a vanguarda da luta contra a exclusão. "Digo isso com muito orgulho. A economia solidária hoje está na vanguarda da luta contra a exclusão social", disse na conferência nacional em Brasília.
Singer citou o que a economia solidária pode formar cooperativas com egressos de manicômios, por exemplo, e ampliar a luta anti-manicomial no país. "Há mais de 30 associações de cooperativas de produção e muitas outras centenas vão surgir aproximamente", disse. A relação entre os dois temas já é explorada no país há algum tempo. Em maio, por exemplo, foi realizada no Rio Grande do Sul a 1ª Feira de Economia Solidária Antimanicomial para apresentar iniciativas de articulação dos dois movimentos.
Na abertura da 1ª Conferência Nacional de Economia Solidária, Singer também citou a idéia é levar o conceito para dentro dos presídios para que, junto com educação e saúde, a crise da segurança pública vivida pelo país possa ser resolvida "de uma forma positiva e humana".