Termina hoje em Brasília o 13º Congresso da Juventude Socialista

18/06/2006 - 10h56

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil

Brasilia - Cerca de 70 mil jovens de todo o país participam desde a última quinta feira (15) em Brasília do 13º Congresso da União da Juventude Socialista (UJS). Durante o evento, que termina hoje (18), estudantes debateram, entre outros assuntos, o papel da juventude no cenário político brasileiro e a importância dos jovens resgatarem mais direitos.

"Muitos direitos dos jovens foram perdidos na ultima década. O Brasil precisa de uma política de desenvolvimento que priorize ações voltadas para a juventude. Precisamos de mais acesso à universidade, ao lazer e ao esporte", disse o presidente nacional da UJS, Wadson Ribeiro, em entrevista à Agência Brasil.

O 13º Congresso da União da Juventude Socialista, na avaliação dele, foi "bastante vitorioso e com certeza ficará para a história". Um dos pontos mais fortes do evento, conforme destacou Ribeiro, foi a elaboração de uma espécie de plataforma juvenil com reivindicações estudantis a serem apresentadas a todos os candidatos a cargos políticos nas eleições de outubro deste ano. "Vamos sair do congresso jogando peso nas eleições. Vamos presentear todos os candidatos com um documento que afirma a importância do poder público priorizar a construção de iniciativas voltadas aos interesses da juventude", conclui Ribeiro.

Também hoje será divulgado um documento síntese de todos os pontos discutidos e decididos no congresso da UJS. Outros países também estiveram presentes no evento, como Portugal, Argentina, Venezuela, França, Cuba e Angola.

A União da Juventude Socialista, entidade estudantil da qual participam cerca de 100 mil jovens de todos os estados brasileiros, foi fundada em 1984, no período da redemocratização do país. Teve como presidente fundador o atual presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo. A UJS participou de diversos movimentos entre as décadas de 1980 e 1990, com destaque para a campanha das Diretas-Já, a aprovação da lei do voto aos 16 anos e o movimento pelo impeachment de Fernando Collor de Mello.