Alesandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O estado do Amapá terá o dobro de famílias assistidas pelo Programa Bolsa Família. Em maio,das 39 mil famílias do Amapá que deveriam receber o benefício mensal, apenas 16 mil receberam. A afirmação é da secretária nacional de Renda e Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Rosani Cunha, reconhece que o programa tem dificuldades em chegar aos municípios mais distantes. "A região que a gente precisa ainda de grande investimento é o Norte".

Para contornar a situação, uma equipe foi enviada ao Amapá para tentar traçar estratégias. "Fechamos um acordo com a Força Aérea Nacional para utilizar seis rotas do Correio Aéreo Nacional", diz.

No entanto, a secretária adianta que as dificuldades que o governo enfrenta na região também vão aumentar. "Já era uma região de difícil acesso, quando você dobra o número de famílias cria algumas dificuldades", conta.

Ela explica que o Programa tem três objetivos. Diminuir a fome de forma imediata, reduzir a pobreza entre gerações e fazer a integração com outros programas. "Se está bem focalizado, você precisa adequar a realidade à estimativa".

Pesquisa do ministério sobre o consumo de alimentos revelou que 95% das famílias atendidas tem, no mínimo, três refeições por dia. O leite, por exemplo, está em 70% das famílias como um alimento regular."Se você alivia a pobreza, com a primeira folga no orçamento, as famílias melhoram a alimentação", diz Cunha. A secretária informa que não há dados sobre o número de crianças que passaram a freqüentar a escola com o Programa.