Consultor da TGV diz que itens da proposta de compra da Varig foram esclarecidos

11/06/2006 - 10h38

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio – O consultor econômico da entidade Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), Paulo Rabello de Castro, disse hoje (11) que, embora a NV Participações tenha prestado "todos os requisitos" necessários sobre a proposta de compra da companhia aérea, "qualquer esclarecimento solicitado pelo juiz vai ser prestado". "Se alguma coisa está obscura, vai ficar clara".

Na sexta-feira (9), o titular da 8º Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig, convocou a NV Participações – que representa a TGV – a prestar esclarecimentos sobre pontos que julgou obscuros na proposta. No leilão da companhia, realizado no quinta-feira (8), a TGV ofereceu R$ 1 bilhão pela Varig.

Segundo Castro, após o anúncio da proposta no pregão, houve uma audiência judicial na qual ele mesmo esclareceu detalhes.

Ele nega que a proposta dos trabalhadores inclui apenas uma parcela em dinheiro vivo, de R$ 285 milhões. "É tudo em dinheiro vivo, à vista ou quase à vista", disse. Castro informou que a parcela inicial de R$ 225 milhões de dívidas da Varig com os empregados (créditos concursais) também é "dinheiro vivo". "Na hora em que eles são trocados, é como se fosse dinheiro vivo".

De acordo com ele, o mesmo ocorre em relação aos R$ 500 milhões em debêntures (títulos). "Na realidade, a questão das moedas é algo imaterial. O lance ofertado está de acordo com o que foi solicitado no edital".

Na terça-feira (13), a NV Participações deve efetuar o depósito de U$ 75 milhões, previsto no edital. Se o investidor necessitar de mais 30 dias, terá de depositar mais U$ 50 milhões. O valor proposto pela empresa para a aquisição da Varig será usado para a cobertura de despesas correntes, como estabelece o edital.