Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A duplicação do trecho Nordeste da BR-101 foi o tema de três audiências públicas realizadas no início deste mês em Recife, João Pessoa e Natal, capitais dos estados onde serão duplicados 335 quilômetros da rodovia. Nas audiências, o projeto da obra é apresentado à população, que pode fazer críticas e apresentar sugestões, como, por exemplo, a construção de passarelas.
Outro tema discutido nas audiências é o processo de desapropriação das famílias que estão na faixa de domínio, ou seja, na área que será usada para duplicação da estrada.
Um exemplo apresentado pelo diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (Dnit), Mauro Barbosa, é o do município de Parnamirim, próximo a Natal, onde serão realizadas 140 desapropriações. "Tem pessoas que moram na faixa de domínio há mais de 20 anos. Estamos fazendo um trabalho em conjunto com o Centro de Excelência de Transportes, onde há presença de universidades, para dialogar com a população, fazer um processo de negociação e garantir a justa indenização", disse Barbosa.
Segundo Barbosa, o meio ambiente é outro ponto que tem de ser observado. No caso da BR-101, uma empresa de gestão ambiental foi contratada para zelar pelo cumprimento das ações compensatórias determinadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). "Com relação à vegetação e cascalheiras, por exemplo, cumprimos o que determina a licença ambiental", explicou.
A BR-101 foi construída ente o fim dos anos 60 e início dos 70. Com 4.700 quilômetros de extensão, a rodovia liga o litoral do país desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Obras de duplicação estão sendo realizadas ainda entre Florianópolis e a cidade gaúcha de Osório. Também serão iniciados trabalhos de duplicação no Rio de Janeiro.