Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio - O custo da construção civil em maio quase triplicou em relação a abril. O Índice Nacional da Construção Civil passou de 0,42% para 1,26%. Segundo os dados divulgados hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta foi puxada pelos reajustes salariais do setor, já que a data base dos trabalhadores é maio. Na comparação com maio de 2005, o índice foi inferior em 0,27 ponto percentual.
O INCC é composto pelas parcelas de mão-de-obra e de materiais. Somente a mão-de-obra subiu em maio 2,51% em relação a abril (0,97%), acumulando nos primeiros quatro meses do ano alta de 4,21%. A parcela dos materiais passou de 0,02% em abril para 0,27% em maio, com os reajustes nos preços de tijolo e cimento, exercendo as maiores influências para a alta.
A gerente do levantamento, que é feito pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal, Sandra Lúcia Sá dos Reis, explicou que o mês de maio se caracteriza por índices elevados em função da concentração dos acordos coletivos e também por conta do reflexo do aumento do salário mínimo. "A aceleração é decorrente dos acordos coletivos ocorridos em sete estados, além da influência do mínimo em outros estados", acrescentou.
Os índices mais altos da construção em maio foram registrados nas regiões sudeste (1,61%) e nordeste (1,14%), onde ficam os estados que concentraram os reajustes salariais da mão-de-obra. O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 550,51 em abril para R$ 557,13 em maio. Desse total, R$ 321,79 são referentes aos materiais e R$ 235,34, à mão-de-obra.
Sandra do Reis lembrou que o Índice Nacional da Construção Civil é usado como referência para a elaboração e avaliação de orçamentos, acompanhamento de custos e programação de investimentos. Desde 2002 o índice é usado como referência para a delimitação de custos de execução de obras públicas.