Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os recentes conflitos no Timor Leste não devem alterar as ações da Organização das Nações Unidas (ONU) no país e nem prejudicar o projetos de parceria do Brasil, que mantém sua ajuda concentrada na área educacional.
A avaliação é do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que participou hoje (7) do 9º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O evento reúne dirigentes sindicais de 25 países no Palácio de Convenções do Anhembi, na Zona Norte da cidade.
Para Celso Amorim, já existe um certo controle em termos de segurança em Díli, capital timorense. Os conflitos teriam começado a partir de desentendimento entre militares. "Tenho a impressão de que as coisas já estão se acomodando, embora ontem tenha havido protestos políticos contra o primeiro-ministro, Mari Alkatiri", afirma o chanceler brasileiro.
Na semana passada, Amorim conversou sobre a situação do Timor Leste com o secretário geral da Organização da Nações Unidas, Kofi Annan: "Indiquei a ele (Kofi Annan) a disposição do governo brasileiro de ajudar no que for necessário".
O ministro lembra que "o Timor Leste é um dos casos mais bem sucedidos no processo de independência em que a ONU trabalhou tão bem". Os conflitos, agora, refletiriam basicamente "problemas sociais que surgiram por dificuldades de emprego e por policiais que foram dispensados".