Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O governador do Paraná, Roberto Requião, e o secretário de Segurança Pública do estado, Luiz Fernando Delazzari, asseguraram hoje que os motins ocorridos nas últimas horas no estado não têm qualquer relação com o que está acontecendo em São Paulo ou com o Primeiro Comando da Capital - organização criminosa paulista responsável pelos atuais conflitos nas penitenciárias.
Segundo Requião, o que está acontecendo é uma justa reivindicação dos presos devido à superlotação das cadeias. "A construção de mais 12 unidades prisionais, que serão inauguradas em poucos meses, resolverá o problema no Paraná".
O governador enfatizou que a situação paranaense é bem diferente da de São Paulo, onde existem 177 mil presos. No Paraná, são 11 mil. "Não existiu nenhuma rebelião em penitenciárias públicas e sim protestos em três cadeias de delegacias de polícia e no cadeião de Foz, todos já sob controle", ressaltou.
O secretário de Segurança Pública minimizou a situação no estado, afirmando que as rebeliões em Cascavel e Toledo não passaram "de uma gritaria controlada rapidamente". Para ele, os presos se aproveitaram do momento de instabilidade criado em São Paulo para reivindicar novas vagas nos presídios paranaenses.