Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe daqui a pouco o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para discutir a situação de São Paulo com a onda de rebeliões em presídios do estado, que começou na sexta-feira (12).

Uma das medidas para conter a onda de violência no estado foi anunciada nesse fim de semana. O ministro da Justiça pôs à disposição do governo de São Paulo os quatro mil homens da Força Nacional, para ajudar no combate à violência. Para isso, basta que o governador do estado solicite formalmente a presença das tropas.

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, descartou a ajuda do governo federal. "São Paulo não precisa da Polícia Federal", disse. "Confio na Polícia de São Paulo, na polícia Civil e Militar de São Paulo", acrescentou.

Os ataques começaram na sexta-feira (12) e até agora deixaram pelo menos 50 mortos, mais de 40 ônibus queimados. Houve 115 ataques a prédios públicos e postos das polícias Civil e Militar em todo o estado. Entre as vítimas estão 20 policiais militares. Mais de 4 mil ônibus deixaram de circular em São Paulo hoje (15) por medo da onda de violência.

Os ataques se espalham pelo interior do estado e por outras regiões. Mato Grosso e Paraná já registram rebeliões em seus presídios. Em nota, o governo do Paraná negou que as rebeliões no estado tivessem relação com a onda de violência em presídios de São Paulo.