Maranhão é incluído no Plano Amazônia Sustentável, que deve ter documento final em outubro

12/05/2006 - 19h54

Milena Assis
Da Agência Brasil

Brasília – O Maranhão foi incluído hoje (12) no Plano Amazônia Sustentável (PAS) do governo federal. O plano busca desenvolver a região, trabalhando com a sustentabilidade, com a participação da população na discussão e elaboração de projetos de para a região. O objetivo é lançar um documento sobre o programa, detalhando as prioridades de cada região que compõem a Amazônia Legal: os sete estados da região Norte, o Mato Grosso e o Maranhão.

Segundo a secretária de Coordenação da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Muriel Saragoussi, o documento inclui toda a teoria de desenvolvimento sustentável de cada região com o objetivo de que os planos de ação "sejam implantados, melhorados e acelerados". "Em outubro a gente deve ter a versão final desse documento para ser assinado pelos governadores e pela Presidência da República."

De acordo com Saragoussi, é importante para o Brasil ter um diagnóstico de cada região esboçado no plano, já que a Amazônia é diversa. "Muita gente pensa que a Amazônia é uma só e que fazer uma política para região é suficiente. Na verdade, temos muitas Amazônias por causa de suas histórias, dos processos sociais e dos ecossistemas. Então, a proposta do plano é a partir desse diagnóstico ter formas diferentes de agir nessas Amazônias".

Ela explica que o plano indicará estratégias diferentes para atingir o desenvolvimento sustentável para cada uma das regiões. "A criação de novas unidades de conservação, por exemplo, ou a consolidação das que já existem, os planos de manejo e a integração entre eles, são elementos dentro dessa estratégia".

Em junho, as nove capitais dos estados da Amazônia Legal vão realizar consultas públicas para discutir o documento final do programa. Comunidades, empresários e a população vão poder fazer sugestões, a partir da realidade cada um, a partir das experiências que vivem na sua região. "Discutiremos questões voltadas para o ordenamento territorial, onde entra a questão de unidades de conservação, para a produção sustentável com inovação e competitividade, para a inclusão social e cidadania, para a infra-estrutura, para o desenvolvimento e para o novo padrão de financiamento para a região", contou Saragoussi.