Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - O Programa Escola Aberta, lançado pelo governo de Pernambuco há seis anos em parceria com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) para tentar reduzir os índices de violência nas comunidades pobres, será ampliado amanhã (13).
O objetivo é beneficiar mais 3 mil estudantes de quatro instituições de ensino estaduais localizadas em dois bairros da zona norte da capital pernambucana, com a oferta de atividades esportivas e culturais, nos finais de semana.
Nessas escolas os alunos vão contar com oficinas de teatro, percussão, dança popular, origami, grafitagem, além de futebol de salão, vôlei e xadrez. Eles também poderão usar a internet, nos laboratórios de informática.
A coordenadora do programa, Valéria Fernandes, informou que 174 escolas estaduais de 17 cidades pernambucanas contam com o Escola Aberta, beneficiado em média 250 jovens por cada final de semana.
A iniciativa faz parte da ação integrada de segurança implantada pelo governo do estado. Pesquisa realizada pela Unesco constatou que o projeto conseguiu reduzir em até 60% os índices de violência, nas unidades de ensino das comunidades que contam com a iniciativa.
A experiência do programa, iniciada em Pernambuco, já está sendo adotada em oito estados brasileiros como política pública de inclusão social, entre eles a Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Este ano o Ministério da Educação passou a ser responsável pela coordenação do Escola Aberta, através convênio firmado com secretaria estadual de educação de Pernambuco. O MEC se comprometeu a repassar anualmente R$ 3 milhões para as ações do programa, até março de 2008.
Atualmente 450 escolas públicas estaduais e municipais de Pernambuco abrem as portas nos finais de semana, beneficiando uma média de 360 mil jovens de 15 a 24 anos.