Conferência terá metade de representantes do governo e metade da socidade civil

12/05/2006 - 17h36

Patrícia Landim
Da Agência Brasil

Brasília – A 1ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência deve ter participação de cerca de 1.500 pessoas. "Sendo 50% de representantes dos governos estaduais e municipais e 50% de representantes da sociedade civil organizada na área da deficiência visual, auditiva, física, mental, entre outras", explica Cândida Carvalheira, presidente da Associação Brasileira de Ostomizados (Abraso).

A associação é uma das entidades da sociedade civil que vai participar da conferência. Cândida também foi escolhida coordenadora geral da conferência que ocorre do dia 12 de maio até o dia 15. Cândida considera que a Abraso é uma das associações que fazem parte do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade).

A presidente da Abraso destacou que o tema central "Acessibilidade você também tem compromisso", irá discutir o decreto nº 5.296 em que garante toda a implementação da política de acessibilidade no país. Ela ainda informou que a ostomia, pelo decreto, foi reconhecida como uma deficiência física. O problema é causado por diversos motivos - alguma outra doença, violência ou trauma – em que a pessoa precisa retirar a bexiga ou o intestino e faz o uso no abdômen de uma bolsa coletora de fezes ou urina. "Isso pode ocorrer desde bebê e até idosos. No país estamos calculando mais de 150 mil pessoas que tem ostomia", disse.

De acordo com Cândida Carvalheira, o principal problema sofrido por pessoas com ostomia é o preconceito. Com isso, a Abraso vai divulgar na conferência um DVD de uma jovem com uma mensagem de auto-estima, "com o objetivo de demonstrar que as pessoas com ostomia não precisam se esconder e sim, assumir e lutar pelos seus direitos".