Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio – Dois novos consórcios da juventude devem entrar em operação a partir de junho, para ajudar jovens agricultores a formular projetos para a obtenção de crédito fundiário por meio do Programa Nossa Primeira Terra, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Os contratos foram fechados com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), presente em 13 estados, e com uma escola de família agrícola do Piauí. Hoje, existem outros dois em funcionamento no Brasil.
Segundo o coordenador de Políticas de Juventude do ministério, Fabiano Kempfer, a idéia é que os novos consórcios beneficiem pelo menos mais cinco mil pessoas. Ele informou que desde a criação, em 2003, foram incluídos cerca de 20 mil jovens no programa.
"Os consórcios da juventude, que oferecem cursos de qualificação profissional e formação política, vão possibilitar que mais jovens consigam elaborar projetos técnicos para que tenham acesso ao crédito fundiário", disse.
Na avaliação dele, os consórcios também estimulam os jovens a formarem associações para a compra da terra. Esse foi o caso de Elenise Anastácio. No ano passado, ela se juntou com sete colegas da região semi-árida do Rio Grande do Norte e conseguiu o crédito para a compra de um terreno de 215 hectares.
"Nós passamos a ter um local para criar nossas cabras, fazer a nossa horta e plantar o nosso feijão com o tempo que nós determinamos. Agora não precisamos mais colher o milho antes de estar seco porque o proprietário da terra quer colocar o gado no local", disse.
As inscrições para o Programa Nossa Primeira terra ficam abertas o ano todo. Podem se candidatar jovens entre de 16 a 29 anos, que concorrem a financiamentos de até R$ 40 mil. Os interessados devem procurar os sindicatos rurais ou as prefeituras de seus municípios.