Cristiane Ribeiro
Enviada especial
Porto Velho – A construção das usinas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau no Rio Madeira ainda depende do licenciamento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os estudos só devem ficar prontos no final de maio, segundo o diretor de licenciamento do órgão, Luis Felipe Kunz. Então será iniciada a fase de discussão com a sociedade civil, as chamadas audiências públicas.
O coordenador do grupo de trabalho (GT) interministerial Usinas do Rio Madeira, Telton Correia, disse que o projeto tem um complexo processo de licenciamento ambiental. O pedido de licenciamento ambiental foi encaminhado ao Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) em junho do ano passado e no início desse ano, o órgão pediu estudos complementares, que já foram entregues e agora estão sendo analisados. Contudo, fez garantias de que o governo está atento às medidas propostas pelos empreendedores para minimizar os impactos sócio-ambientais.
O diretor de licenciamento do Ibama, Luis Felipe Kunz, explicou que o órgão pediu estudos complementares porque os primeiros estudos não avaliavam corretamente os impactos sócio-ambientais. "Precisávamos de detalhes sobre as populações que vão ser reassentadas, com relação às praias usadas pela população e que vão desaparecer, com relação ao abastecimento de água em Porto velho e ainda sobre a quantidade de espécies de peixes que vivem no Rio Madeira", explicou.
Kunz disse que só após a consulta pública o projeto poderá ser incluído no leilão de energia.