Milena Assis
Da Agência Brasil
Brasília – Vinte e uma famílias não-indígenas moradoras da área de reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, receberam indenização para serem reassentadas fora da reserva indígena. Elas fazem parte das primeiras 160 famílias que deveriam se apresentar ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para ser reassentadas fora da reserva indígena e receber indenização.
De acordo com o superintendente do Incra de Roraima, Juscelino Pereira, 160 famílias foram convocadas na primeira etapa. Destas, 132 compareceram e 111 estão em processo de análise de documentação. "Até agora duas famílias entraram com recurso administrativo para questionar o valor da indenização", disse o superintendente.
Ele ressaltou hoje (4) que 28 pessoas não compareceram a esta primeira convocação. "Nenhuma pessoa está obrigada a deixar essa área sem que seja indenizada e que tenha uma disponibilização de área para ser reassentada". Pereira afirmou que o restante das famílias, cerca de 140, podem ser convocadas para a segunda etapa de indenização na próxima semana. Assim, se completará o deslocamento e o processo indenizatório das 300 famílias não-índias, que ocupam a área da reserva Raposa Serra do Sol.
Segundo Juscelino Pereira, a retirada efetiva das famílias não-indígenas da área, vai ser feita quando áreas de reassentamento estiverem disponibilizadas, possivelmente dentro de 70 a 90 dias. "Elas serão recolocadas em vilas rurais, ou lotes rurais nos municípios de Alto Alegre, Boa Vista, Cantar, Caracaraí e Rorainópolis, em Roraima".
Em abril venceu o prazo para que os produtores de arroz com cultivos na área saírem da terra, já a Raposa Serra do Sol, em Roraima, foi homologada no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como Terra Indígena.