Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O relator do Orçamento da União para 2006, deputado Carlito Merss (PT-SC), avalia que só o fortalecimento dos conselhos municipais de saúde evitará roubos de dinheiro público como o que foi desbaratado pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga.

As investigações mostraram que recursos incluídos no orçamento ainda durante a tramitação no Congresso, eram desviados para compra de ambulâncias destinadas a municípios. A operação contou com 54 mandados de prisão que envolvem, também, servidores públicos e assessores parlamentares, acusados de crimes contra a ordem tributária, formação de quadrilha, fraude em licitação e corrupção ativa e passiva.

Segundo Carlito Merss, as mudanças feitas na execução do orçamento a partir de 1993, quando uma comissão parlamentar de inquérito desvendou o esquema de corrupção envolvendo parlamentares da comissão e empresários - "Escândalo dos Anões do Orçamento" -, não foram suficientes para acabar com a corrupção no varejo.

Entre os assessores parlamentares presos hoje pela Polícia Federal estão dois assessores do gabinete do senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Por meio de sua assessoria de imprensa, Suassuna informou que tomou conhecimento, pela imprensa, da prisão de seus assessores. Ainda de acordo com a assessoria do líder do PMDB no Senado, eles já foram demitidos.