Spensy Pimentel
Enviado especial
Recife - Uma manifestação nacional prevista para 1º de maio, Dia do Trabalho, além de uma marcha a Brasília em junho para divulgar um programa alternativo de governo, e do Grito dos Excluídos, no 7 de setembro, deverão ser as principais mobilizações sociais no país este ano.
A agenda foi definida hoje (23) na Plenária Nacional dos Movimentos Sociais, principal evento no encerramento do 2º Fórum Social Brasileiro. E será seguida pelas entidades participantes da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), como a Central Ùnica dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).
As moblizações do 1º de maio deverão buscar uma recuperação do sentido original da data, esperam os ativistas da CMS. "Essa data tem se tornado motivo para manifestações festivas. Nós queremos resgatá-la como dia de luta dos trabalhadores", diz João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST.
Para 2007, os movimentos esperam realizar mobilizações em torno das questões referentes à juventude. "Hoje, 50% dos jovens de 16 a 24 anos estão desempregados. É uma situação explosiva. O Brasil tem todas as condições sociais para que aconteça aqui algo semelhante ao que há na França, por exemplo. As periferias de nossas grandes cidades são hoje um barril de pólvora", explica Gilson Reis, da direção nacional da CUT.