Marcos Ricardo dos Santos
Enviado especial
Montevidéu (Uruguai) – O baixo crescimento econômico e a desigualdade são os "dois males" da América Latina, na opinião do economista argentino José Luis Machinea, secretário-geral da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Para combater esses dois males, Machinea sugeriu acordos sociais amplos e a revalorização do papel do Estado.
Para reduzir a pobreza, Machinea considera essencial um aumento de recursos públicos destinados às áreas de proteção social e propôs três caminhos complementares para isso: aumentar a arrecadação fiscal, aumentar a participação do gasto público social no orçamento e melhorar a qualidade e a distribuição dos programas públicos.
Machinea fez o discurso de abertura do 31º período de sessões da Cepal, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) para América Latina e Caribe. O encontro reúne delegados dos 42 países membros da entidade esta semana em Montevidéu, capital uruguaia. O presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez, presente à cerimônia, disse compartilhar com o diagnóstico feito pela Cepal sobre a importância do tema da proteção social. "O desenvolvimento que não privilegia a qualidade de vida das pessoas, suas esperanças e seus direitos, pode no máximo chegar a significar crescimento, mas não é desenvolvimento", disse.