Rio, 20/3/2006 (Agência Brasil - ABr) - Investigadores e inspetores da Polícia Civil do Rio de Janeiro estão trabalhando hoje (20) usando coletes com a inscrição "policiais civis em greve".
A paralisação de 48 horas é por melhores condições salariais.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Fernando Bandeira, a categoria reivindica a incorporação da gratificação especial de trabalho (GET), que já existe para os policiais militares, bombeiros e delegados.
"O projeto de incorporação da gratificação especial de trabalho já foi aprovado pela Assembléia Legislativa, foi para o Palácio Guanabara, e a governadora (Rosinha Matheus) ainda não liberou", disse Bandeira.
Durante esse período, os policiais só vão fazer o registro e investigação dos casos de prisão em flagrante, homicídios e tráfico de drogas. De acordo com Bandeira, apenas 30% dos policiais de cada delegacia estão saindo para atender as ocorrências consideradas de emergência.
A assessoria de imprensa da Chefia de Polícia Civil não quis se manifestar sobre o movimento, informando apenas que desconhece a existência da greve dos policiais civis.
Já os agentes penitenciários do estado vão fazer uma manifestação amanhã (21) em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, no bairro das Laranjeiras. Eles reivindicam uma audiência com a governadora para conversar sobre a situação salarial da categoria.
Os agentes penitenciários querem que a governadora garanta o pagamento da gratificação de R$ 500 determinada pela justiça, a contratação imediata de 1.500 aprovados em concurso público realizado em 2003, e a aplicação de um novo plano de cargos e salários.
O presidente do sindicato dos Agentes Penitenciários, Paulo Ferreira, disse que a categoria poderá decidir pela paralisação, caso a governadora não os receba. Paulo Ferreira informou que, na próxima semana, em dia ainda a ser definido, os agentes vão realizar uma assembléia para deliberar sobre o que foi tratado com a governadora ou, em caso de não serem recebidos, sobre a greve.