Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, Ricardo Izar, acredita que os resultados dos processos de cassação, ontem (16), em plenário, foram "justos".
Segundo ele, o baixo número de parlamentares presentes à sessão determinou a pequena diferença de votos nos processos contra o deputado absolvido Pedro Henry (PP-MT) e contra o deputado cassado Pedro Corrêa (PP-PE).
Para Izar, ontem, os parlamentarem voltaram a agir tradicionalmente, acompanhando o voto do Conselho de Ética. "Espero que a partir de agora o plenário volte a agir dessa forma", disse, hoje (16), o presidente do conselho.
Ele espera que as regras sobre votação sejam alteradas, permitindo que os votos em casos de processo disciplinar sejam conhecidos. Izar diz que, por meio do voto aberto, parlamentar dá uma satisfação ao eleitorado. No Conselho de Ética o voto teria "cara". Já no plenário, não.
O deputado Pedro Henry foi absolvido por 255 votos a 176. No processo disciplinar, ele era apontado como um dos responsáveis pela distribuição ilegal de dinheiro a parlamentares da base aliada em troca de apoio ao governo. A acusação partiu do ex-deputado (primeiro a ser cassado) Roberto Jefferson.
Já o deputado Pedro Corrêa foi acusado de participar da operação que resultou em empréstimo de R$ 700 mil, supostamente repassados pelo PT para custear a defesa do ex-deputado Ronivon Santiago. A acusação convenceu o plenário, que cassou Corrêa por 261 votos a 166.