Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio - O Instituto Nacional do Câncer (Inca) deve aumentar em 30% o número de transplantes de medula óssea que serão realizados este ano, em comparação a 2005. A previsão do instituto é que sejam feitos 120 transplantes, contra os 90 do ano passado. Segundo o ministro da saúde, Saraiva Felipe, isso será possível graças aos investimentos que foram feitos no Inca este ano, como a construção da nova unidade ambulatorial, o que vai liberar vagas de internação para outras pessoas. Ao todo, foram aplicados no instituto R$ 650 mil.
"Estamos ampliando o atendimento ambulatorial, colocando mais poltronas onde as pessoas poderão fazer a sua quimioterapia e voltar para casa. Também compramos um equipamento novo que permite aumentar o número de testes de compatibilidade entre doadores e receptores de medula óssea, de 400 para 2 mil por mês. Isso amplia o banco de dados de doadores e a possibilidade de transplantes", disse.
Para o diretor do Inca, Luiz Antônio Santini, a nova unidade ambulatorial, além de liberar vagas de internação, irá permitir um melhor atendimento dos pacientes já internados. "Vários procedimentos que antes eram feitos com os pacientes internados passam a ser feitos no ambulatório. Isso é mais confortável para as pessoas e permite um menor tempo de permanência no hospital, reduzindo o custo do tratamento e a possibilidade de infecção hospitalar", explicou.
O Inca, que fica na cidade do Rio, é o órgão do Ministério da Saúde responsável por desenvolver e coordenar ações integradas para a prevenção e controle do câncer no Brasil. Ele é responsável, junto com os centros de transplantes da Universidade de São Paulo (USP) e de Curitiba, por mais de 50% dos transplantes de medulas ósseas realizados no país.