Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) ficou em 0,27% na segunda semana de março, contra 0,17% registrados na semana anterior. Os dados divulgados hoje (16) pela Fundação Getúlio Vargas apontam que as tarifas públicas e os preços dos combustíveis foram os principais responsáveis pela alta.
Os aumentos nos preços do álcool combustível (de 4,84% para 10,68%) e da gasolina (de 1,10% para 1,92%) fizeram a taxa do grupo Transportes subir de 0,91% na primeira semana de março para 1,26% na segunda semana. A alta no grupo Habitação (de 0,03% para 0,14%) foi puxada pelos reajustes na conta de água e esgoto residencial (de 0,46% para 0,98%) e do gás de bujão (de 0,21% para 0,91%).
O grupo Vestuário registrou a segunda maior aceleração entre as sete classes de despesas que compõem o IPC-S, embora tenha sido o único a registrar taxa negativa (-2,03%), por conta das liquidações e promoções da estação.
Os avanços nos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,55% para 0,62%), Alimentação (de 0,30% para 0,33%) e Despesas Diversas (de 0,12% para 0,13%) foram considerados de pequena relevância. Apenas no grupo Despesas Diversas o reajuste das mensalidades de TV por assinatura chamou a atenção (de zero para 0,50%).
No sentido contrário, a desaceleração na taxa do grupo Educação, Leitura e Recreação (de 0,22% para 0,06%) foi influenciada pelo recuo nas mensalidades escolares (0,26% para 0,13%) e nas passagens aéreas (de 0,55% para -1,12%).
Os preços para o cálculo do IPC-S de 15 de março foram coletados entre os dias 16 de fevereiro e 15 de março e comparados com os de 16 de janeiro a 15 de fevereiro. São considerados os preços de cerca de 450 produtos e serviços agrupados em sete classes de despesas de famílias com renda mensal de até 33 salários mínimos.