Rio, 8/3/2006 (Agência Brasil - ABr) - Os protestos de rua, caminhadas e vigílias denunciando a violência contra a mulher, realizados hoje (8), Dia Internacional da Mulher, em várias capitais, são o resultado da luta pelos direitos femininos e mostram que a mulher não está mais com medo de enfrentar as dificuldades em busca de respeito e da igualdade com os homens. A avaliação é da ativista política e coordenadora no Brasil do projeto Mil Mulheres Prêmio Nobel da Paz, Clara Sharf.
Ao participar do programa Redação Nacional da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Clara Sharf disse que o movimento pelos direitos da mulher ganhou mais visibilidade no Brasil em 2004, com a indicação do nome de 52 mulheres brasileiras que lutam pela paz para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz.
Mulheres de todo o mundo estavam concorrendo ao prêmio, que não chegou a ser concedido, mas, segundo Clara Sharf, a luta das brasileiras por uma sociedade mais justa tornou-se pública.
"As escolhidas vão da quilombola à cientista, da índia que virou advogada, até a professora e a médica de São Paulo. Cada uma batalhando para evitar o conflito pela terra, pela educação, contra a violência contra a mulher, enfim, contra as injustiças", destacou.
A vida dessas mulheres vai ser contada em livro, que também está sendo organizado por Clara. A publicação, intitulada "Brasileiras Guerreiras da Paz", será lançada no próximo dia 30, no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo.