Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio – O Instituto de Pesquisa Econômico Aplicada (Ipea) manteve a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 3,4% para este ano, conforme foi divulgado, hoje (8), em seu Boletim de Conjuntura de março. De acordo com o economista Fábio Giambiagi, do Ipea, a economia brasileira irá crescer bem mais que o ano passado, quando o aumento do PIB ficou em 2,3%. Os motivos, segundo ele, estão relacionados "à redução das taxas de juros e ao esfriamento da crise política".
Entre os fatores que compõem o PIB, houve um aumento da previsão do crescimento no setor da agricultura, de 2,9%, para 3,3%. E também de crescimento da indústria de 4,7% para 4,8%. Já os investimentos devem crescer 5,8%, valor inferior aos 7% previstos anteriormente.
A redução na estimativa de crescimento não é considerada significativa por Giambiagi. "O crescimento foi revisto um pouquinho para baixo, mas ainda sim é bem superior ao verificado no ano passado, que ficou em 1,6%". Segundo ele, os investimentos em infra-estrutura, associados a obras, devem ser um dos grandes responsáveis pelo aumento. "A retomada do investimento público em obras costuma ser acelerada em anos eleitorais", justificou.
A previsão de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 4,8% para 4,5% . Já a balança comercial brasileira deste ano deve fechar com um superávit de R$41,8 bilhões, quando a previsão há três meses era de R$35,8 bilhões. O resultando seria decorrente, em especial, do impulso das exportações de produtos primários.