Cerca de 60 entidades de aposentados e pensionistas pedem revisão de benefícios com base no mínimo

08/03/2006 - 13h11

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Integrantes de cerca de 60 entidades que reúnem aposentados e pensionistas escolheram o Dia Internacional da Mulher (8) para fazer uma marcha na Esplanada dos Ministérios. A principal reivindicação é a revisão das aposentadorias, a partir de abril, pelo mesmo percentual do salário mínimo, segundo informou o presidente da Confederação Brasileira dos Aposentados (COBAP), Benedito Marcílio. "A desvinculação desse índice está levando cada ano a uma defasagem maior no nosso salário", afirma ele.

Segundo Marcílio, a confederação estima que 16 milhões de aposentados recebem o beneficio no valor de até um salário mínimo. "Mantido esse critério da desvinculação do índice do salário mínimo dentro de quatro ou cinco anos teremos todos os aposentados recebendo o mínimo", afirma.

Os aposentados querem também farmácias populares com distribuição gratuita de medicamentos de uso contínuo, além de "o efetivo cumprimento do estatuto do idoso e a retirada da lei do fator previdenciário". Para Marcílio, "é um crime comparar para fins de aposentadoria contribuição previdenciária e idade de vida para aposentar".

Carmem Lourenço é aposentada e pensionista e veio de Santa Catarina comemorar o dia da mulher pedindo a valorização do salário, que "está diminuindo cada vez mais". Já Antônio Martins, da Federação dos Aposentados do Estado de São Paulo, afirma que desde sua aposentadoria, em 1996, contabiliza uma perda de 40% no salário se comparado o valor da primeira aposentadoria e o que recebe atualmente.

A confederação encaminhou um documento com as reivindicações dos aposentados aos ministros do Trabalho e Emprego e da Previdência Social. Eles querem ainda entregar a reivindicação aos presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Senado, da Câmara e ao presidente Lula.