Agricultores do Paraná preparam sacrifício de animais com aftosa

02/03/2006 - 11h07

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba - Até o próximo sábado (4), os proprietários da Fazenda Cachoeira, no município de São Sebastião da Amoreira, devem terminar a abertura de valas para o enterro dos 1.795 animais identificados pelo Ministério da Agricultura como infectados por febre aftosa.

De acordo com o chefe da Secretaria da Agricultura de Cornélio Procópio, Carlos Roberto Moreira, serão abertas duas trincheiras dentro da propriedade, cada uma com 222 metros de comprimento, seis metros de largura e cinco de profundidade.

Moreira afirma que estão sendo cumpridas as determinações do Ministério da Agricultura. As valas serão revestidas com manta impermeabilizante, exigida pela Secretaria do Meio Ambiente. A data do sacrifício dos animais, entretanto, ainda não foi anunciada.

A definição depende de um despacho do Tribunal Regional Federal (TRF) em resposta a um recurso da Procuradoria-Geral da União. Os procuradores querem derrubar uma liminar da Justiça Federal que condiciona o sacrifício ao pagamento antecipado de 50% da indenização ao pecuarista André Carioba Filho, proprietário da fazenda.

Os donos das sete fazendas do Paraná reconhecidas como focos de febre aftosa condicionaram o sacrifício imediato do rebanho à realização da necropsia em parte dos animais mortos. Eles querem que os materiais coletados sejam enviados ao laboratório do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), no Rio de Janeiro, para a realização de exames.