Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio – O secretário de Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba, disse hoje (17) que, para evitar mais mortes, a polícia não se envolveu diretamente no confronto do Morro da Rocinha, ocorrido na última quarta-feira (15). No início da noite do dia 15, um grupo de traficantes invadiu a favela para tentar tomar os pontos de venda de droga do local, controlados por outra quadrilha, e iniciou um tiroteio que resultou em seis mortes.
De acordo com Itagiba, os policiais preferiram optar pela tática do cerco, em que foram controladas as entradas da favela, de modo a evitar novos ataques e para prender os responsáveis pelo tiroteio. Após a invasão, 14 pessoas teriam sido presas, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
"A polícia se posicionou da melhor forma possível para que a população civil sofresse menos e para que a gente pudesse fazer a prisão desses indivíduos. A polícia agiu de acordo com o que ela poderia agir", disse Itagiba. "A polícia tem agido sempre em defesa da sociedade e fez, naquele momento, o que, a seu juízo, era possível fazer para levar menos riscos e menos danos à comunidade. Infelizmente, morreram seis pessoas", observou.
Ele confirmou que, antes da invasão da Rocinha, o setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública recebeu informes sobre um possível ataque ao local, que aconteceria antes do carnaval. O secretário informou, porém, que não se sabia o dia, o horário nem o local exato da ação dos traficantes.
Com o recebimento das informações sobre o ataque, a Polícia Militar (PM) teria reforçado o policiamento da Rocinha com 32 homens, aumentando o efetivo de 66 para 98 desde a última sexta-feira (10). Além disso, duas equipes especiais da PM ficaram de prontidão antes do ataque.