Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A indicação do desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Enrique Ricardo Lewandowski, para ministro do Supremo Tribunal Federal, foi bem recebida pelo presidente da Ordem dos Advogados dos Brasil Seção São Paulo (OAB SP), Luiz Flávio Borges D´Urso. Lewandowski "tem tido uma atuação brilhante na Justiça Paulista decorrente de suas qualidades profissionais e humanas", diz a nota divulgada pela OAB SP. Lewandowski foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir o ministro Carlos Veloso, aposentado compulsoriamente.
Segundo o comunicado, D´Urso diz que "em sua trajetória pela Magistratura [Lewandowski] sempre demonstrou lucidez, integridade, erudição jurídica e grande capacidade de trabalho. Sempre foi um aliado de lutas da Advocacia em prol da boa aplicação da Justiça e defensor das prerrogativas profissionais e do Quinto Constitucional, que tem contribuído com quadros valorosos para melhorar a qualidade da Justiça brasileira".
D´Urso destacou o caso da indenização para a viúva de Mario Josino, assassinado pelo policial Otávio Gambra, na Favela Naval. Em processo iniciado em conjunto com os desembargadores Yoshiaki Ichihara e Sidnei Benetti, o Estado foi condenado a pagar 1.500 salários mínimos (cerca de R$ 226 mil então) para Josélia Josino, em 1997. Na avaliação do presidente da OAB SP, essa foi uma das decisões de maior impacto na carreira de Lewandowski no Tribunal de Justiça de São Paulo.