BB Cine capta R$ 2,4 milhões e prepara-se para investir em novos projetos

02/02/2006 - 15h44

Rio, 2/2/2006 (Agência Brasil - ABr) - O BB Cine Produção e Distribuição, fundo de financiamento da indústria cinematográfica, criado pela Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários do Banco do Brasil (BB DTVM) em junho de 2004, captou um total de R$ 2,4 milhões e se prepara, agora, para escolher novos projetos para investimento.

Desde seu lançamento até o ano passado, o BB Cine investiu em dois projetos (Cabra Cega e O Coronel e o Lobisomem) e também acertou participação no processo de distribuição do filme Irma Vap, da diretora Carla Camurati, que ainda está sendo rodado.

Os fundos de financiamento ao cinema (Funcine) podem investir em produção, construção e reforma de salas de cinema e distribuição. "No caso do BB Cine, a opção da BB DTVM foi entrar na fase de distribuição", informou a assessoria de imprensa da entidade. A rentabilidade é dada em função da bilheteria dos filmes.

A assessoria adiantou que, embora já esteja fechado para captação de recursos, o primeiro BB Cine vai beneficiar ainda em 2006 alguns projetos com os investimentos obtidos até o ano passado. O objetivo é captar recursos para projetos e programas de desenvolvimento da indústria cinematográfica brasileira, atraindo investidores pessoa jurídica do mercado financeiro que vejam o cinema como possibilidade de negócio rentável.

"O fundo é uma pequena contribuição (do BB) a tudo que se tem feito pela cultura no país", disse o presidente da BB DTVM, Nelson Rocha Augusto, por ocasião do lançamento do novo produto do setor nacional de cinema. A relação risco/retorno do investimento determinará a criação de novos fundos semelhantes. O BB Cine é um fundo fechado que só admite resgate do investimento ao final do prazo de duração, que é de seis anos.

Maior administradora de recursos de terceiros da América Latina, a BB DTVM detém no momento 21% do mercado brasileiro, administrando hoje(2) recursos no montante de R$ 155 bilhões, dos quais 85% vêm da iniciativa privada e 15% de governos, disputados em mercado. No ano passado, a entidade respondia pela administração de R$ 124 bilhões.