Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio – Na avaliação do assessor técnico do Programa de HIV e Aids do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, embora o Programa DST/AIDS tenha um volume significativo de recursos no Orçamento Geral da União, o que sobra para a prevenção e para campanhas de conscientização da população ainda não é suficiente.
"Acredito que ainda é um recurso aquém do que é necessidade para a prevenção em todo o território nacional", disse, em entrevista hoje (1º) ao programa Nacional Informa, da Rádio Nacional. "Grande parte dos recursos alocados para o programa acaba sendo direcionada para a aquisição de medicamentos. Para o ano que vem, temos R$ 1,2 bilhão, desses, cerca de R$ 900 milhões vão para a compra dos anti retrovirais. O restante é para manutenção do programa e para todas as ações de prevenção e compra dos insumos, preservativos e kit de redução de danos, entre outros", informou.
Barbosa ponderou que, apesar disso, a prevenção à doença vem sendo feita com eficiência, principalmente porque há a parceira com os governos estaduais e municipais. Ele destacou também a colaboração da sociedade civil, responsável em grande parte por fazer chegar informações a populações mais excluídas e de difícil acesso - como ribeirinhas, quilombolas, comunidades periféricas e os próprios usuários de drogas. "Para atingir essas populações, constituímos uma rede de apoio social que envolve governos e sociedade civil. Isso tem colaborado enormemente", observou. "Porém, com mais recursos, com certeza , o trabalho seria bem mais efetivo e direcionado", acrescentou.