Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Governo e setor privado, por meio do Conselho Consultivo de Comércio Exterior (Conex), terão espaço permanente de discussão. A cada três meses, o conselho poderá se reunir com a Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para tratar de assuntos de infra-estrutura e financiamento, além de questões tarifárias e dificuldades no mercado internacional.
O conselho foi criado dentro de critérios estabelecidos no decreto que instituiu a Camex, segundo explicou o secretário do órgão, Mário Mugnaini. Ele afirmou que a questão cambial estará sempre em discussão, "para evitar prejuízos na margem de lucro dos exportadores, pois sempre terá que se trabalhar pensando no retorno de investimentos alguns meses depois".
Estão representados no Conex conselheiros do setor produtivo, trabalhadores (através de sindicatos), empresários e uma organização não-governamental (ONG) que vai defender os interesses dos consumidores.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Petroquímica, Carlos Mariani afirmou que o segmento representa US$ 70 bilhões de exportação anual de US$ 70 bilhões e não fará do conselho "um muro de lamentações, mas a construção de projetos com soluções viáveis".
O representante do setor de açúcar e do álcool, Hermelindo de Oliveira, da Coopersucar – cooperativa privada – disse que o setor vai ter como enfoque questões de infra-estrutura rodoviária e ferroviária e de portos. O Conex, segundo ele poderá dar uma boa contribuição ao governo para a solução dos problemas dos exportadores.
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