Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A semana promete ser movimentada no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Hoje (23) à tarde, será lido o parecer do relator, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), no processo contra o deputado Pedro Correa (PP-PE). Caso não haja pedido de vistas, o relatório será votado no mesmo dia.
Em depoimento ao Conselho de Ética, Corrêa admitiu saques no valor de R$ 600 mil, feitos pelo chefe de gabinete da liderança do PP, João Cláudio Genu, na agência do Banco Rural em Brasília. Ele disse ainda que recebeu R$ 100 mil em dinheiro, pagos pela ex-diretora financeira da SMPB, Simone Vasconcelos. Segundo Corrêa, o dinheiro foi usado para pagar parte dos honorários do advogado Paulo Goyaz, que defende o deputado Ronivon Santiago (PP-AC) em 36 processos judiciais no Acre movidos pelo PT.
Amanhã (24) o Conselho deve votar pela manhã o parecer do relator, deputado Nelson Trad (PMDB-MS), favorável à cassação do deputado Roberto Brant (PFL-MG), acusado de praticar caixa 2 na campanha para a prefeitura de Belo Horizonte em 2004. Na época, um dos coordenadores da campanha do deputado, Nestor Francisco de Oliveira, sacou R$ 102,8 mil de uma conta da SMP&B, empresa de Marcos Valério.
À tarde, será votado o parecer do relator, deputado Pedro Canedo (PP-GO), no processo contra o deputado Professor Luizinho (PT-SP). O parecer, lido na última quinta-feira (19) no Conselho de Ética, pede a cassação de Luizinho por quebra de decoro parlamentar. O assessor do deputado, José Nilson dos Santos, sacou R$ 20 mil da conta do empresário Marcos Valério no Banco Rural. Ele alegou que o dinheiro seria para a campanha de três pré-candidatos a vereador no interior de São Paulo. Professor Luizinho afirmou que não sabia do saque.