Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O deputado Osvaldo Biolchi (PMDB-RS) entregou hoje (22) sua defesa à Corregedoria da Câmara na sindicância aberta contra ele a pedido do deputado Mauros Passos (PT-SC). Biolchi foi acusado de fazer boca-de-urna na sessão da Câmara que absolveu o deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) no processo de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar. Passos acusa Biochi de ter distribuído cédulas com o voto pela absolvição de Queiroz.

Biolchi foi notificado na manhã de hoje pela Corregedoria para, apresentar sua defesa em até cinco sessões da Câmara. Como a Casa só volta a realizar sessões em 16 de janeiro, Biolchi teria mais tempo para se defender, mas preferiu apresentar a defesa de imediato. Ele disse que tem interesse em resolver logo a questão e que "a denúncia é descabida". E negou que tenha oferecido ou entregado cédula de votação aos colegas.

"Até agora, não compreendo qual a razão, a origem de tamanho despautério. Talvez seja pelo fato de a cédula que estava na minha mão ter caído no chão. Então, eu fui votar com outra cédula que estava no meu bolso", disse Biolchi. Na defesa, Biolchi informou que estavam perto na fila de votação, e poderão comprovar todo o ocorrido, os deputados Ricardo Berzoini (PT-SP), Nelson Meurer (PP-PR), Francisco Sardelli (PV-SP) e Moacir Micheletto (PMDB-PR).

Os advogados do parlamentar afirmam, na defesa, que não houve por parte de Biolchi qualquer tipo de comportamento que justifique a abertura de processo disciplinar e pedem o arquivamento da representação.

Cabe ao corregedor e segundo vice-presidente da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), analisar a denúncia e a defesa para então elaborar um parecer sobre o caso, o qual será votado pela Mesa Diretora da Câmara. O corregedor não tem prazo para dar o parecer.