BNDES anuncia redução de <i>spreads</i> em financiamentos para áreas prioritárias

22/12/2005 - 19h23

Rio, 22/12/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, anunciou hoje (22) a redução dos spreads praticados pelo banco, entre 0,5% a 1,2%, para áreas consideradas prioritárias no desenvolvimento do país.

O spread é o valor cobrado além da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que representa o custo de captação e que foi reduzida a 9% para o próximo trimestre. O spread serve para cobrir os custos do banco, as despesas, os pagamentos de tributos e a cobertura do risco.

O maior beneficiado será o setor de bens de capital para mercado com inovações. A linha de crédito não terá spread e ficará somente com uma taxa de juros fixa de 6%. O estudo do BNDES, com as normas técnicas para a definição do que o banco considerará inovação, será encaminhado pela área de planejamento no dia 15 de janeiro.

Guido Mantega informou que quanto maior for o fator de inovação, menor será o spread. Ele argumentou que como o BNDES é um banco que fomenta o desenvolvimento, deve privilegiar o setor da inovação tecnológica, "hoje o que mais contribui para o aumento da competitividade das empresas e que irá permitir a melhoria da economia brasileira".

O banco também voltou a diferenciar as empresas de acordo com a sua avaliação de risco. Dessa forma, as consideradas mais seguras terão um spread de risco (custo definido para cobrir uma eventual falta de pagamento) menor. Os projetos ainda poderão sofrer uma redução do spread, de acordo com o grau de desenvolvimento da região onde serão realizados.

Para as operações mais financiadas pelo Banco, com é o caso de empresas de grande porte que fazem investimentos na indústria, a redução ficará em torno de 1%. "Esse valor será maior ou menor, dependendo do nível de seguridade da empresa", disse Mantega.

Já as pequenas e médias empresas continuarão pagando spreads em torno de 1%.