Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Recicleide nasceu no vilarejo Reciclópolis. A localização não é exata, mas os registros apontam que fica em algum lugar entre aqui e lá e lá e cá. Ela foi enviada ao planeta Terra pelo importante cientista Recicleinstein com uma importante missão: sensibilizar a humanidade para a defesa da vida e do meio ambiente. A personagem foi criada há nove anos pela atriz Karina Signori, participante da 2ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada em Brasília. Será encerrada terça-feira.
Por meio de brincadeiras, Karina tenta sensibilizar para a importância de todos ajudarem na preservação do meio ambiente. "Simples atitudes podem transformar a realidade", ensina. Um exemplo é diminuir o uso de água. "Se vou tomar um banho de cinco ou 30 minutos, sou eu que estou fazendo a diferença. Lavar a calçada com a mangueira ou balde também depende de cada um de nós".
A mais importante lição de Recicleide é sobre a coleta de lixo. "Separar o próprio lixo é indispensável já que nós somos responsáveis pelo lixo que produzimos", diz. Segundo a personagem, o lixo deve ser separado em três: reciclável seco, reciclável orgânico e rejeitos, que "realmente não têm jeito".
Recicleide explica que a separação do lixo tem várias vantagens. "Economiza matéria-prima e energia, gera trabalho e renda, promove cidadania e inclusão social e é um dever previsto em lei", ressalta.
O lixo seco pode ser aproveitado pelos catadores e o orgânico, transformado em adubo. Para Recicleide, não há desculpas para não separar o lixo, mesmo se a cidade ainda não tiver coleta diferenciada. "A separação não tem contra-indicação. Catadores têm em todo o Brasil. São mais de 500 mil famílias que vivem de catar lixo. Mesmo que a prefeitura não tenha implantado ainda a coleta seletiva, com certeza há pessoas vivendo desse resíduo", afirma.
A atriz Karina Signori é idealizadora do Movimento Ecoarte, que visa ecoar temas sócio-ambientais por meio das manifestações artísticas.