Brasília, 28/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - Prefeitos de municípios da Baixada Fluminense estão reunidos neste momento, no Palácio do Planalto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes de subir para a audiência, o prefeito de Nova Iguaçu e presidente da Associação de Prefeitos da Baixada Fluminense, Lindberg Farias, informou que eles vieram entregar ao presidente um parecer técnico defendendo a construção da refinaria petroquímica da Petrobras no município de Itaguaí (RJ).
Segundo os prefeitos, o município é o local mais viável para construção do empreendimento. De acordo com Lindberg, a briga é porque o secretário de Governo e Coordenação do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, quer que a refinaria seja construída em Campos, cidade que não faz parte da Baixada Fluminense.
"Todos os critérios conspiram para a construção da refinaria em Itaguaí. A obra vai gerar novos empregos e atender a uma população de cinco milhões de habitantes na Baixada, região mais pobre do estado", disse Lindberg. Construir a refinaria em Campos, acrescentou o prefeito, significa um investimento adicional de US$ 542 milhões, verba que poderia ser utilizada para outros fins. "Eu não consigo entender as motivações para que essa refinaria não seja em Itaguaí".
Lindberg informou que o presidente Lula deverá anunciar, no encontro com os prefeitos, a liberação de R$ 40 milhões, em dezembro deste ano, para a retomada das obras do Hospital de Queimados, município também localizado na Baixada. Desse total, R$ 30 milhões devem ser destinados à construção do hospital, e R$ 10 milhões, à compra de equipamentos.
"Retomar a obra desse hospital é uma questão de urgência, pois vai resolver grande parte dos problemas de saúde da Baixada e do próprio Rio", afirmou o prefeito de Nova Iguaçu. A obra da unidade de emergência de Queimados, que está embargada há muitos anos, é prioridade para a região, que tem apenas dois hospitais funcionando em condições adequadas, destacou Lindberg.
Indagado se na audiência com o presidente também seria tratada da construção do Arco Rodoviário na Baixada, Lindberg disse que a questão está, no momento, sob responsabilidade do governo estadual. "Agora a bola está com o governo do estado. Estamos esperando o projeto executivo da obra e o licenciamento ambiental, que é do governo do estado", explicou.
O Arco Rodoviário, realizado em parceria com o governo federal, cruzará a maior parte dos municípios da Baixada Fluminense, aliviando o tráfego da Avenida Brasil e da Ponte Rio-Niterói.