MP do Rio denuncia ex-funcionários de hospital por fraudes que somam R$ 8,6 milhões

28/11/2005 - 17h04

Rio, 28/11/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro apresentou denúncia contra seis ex-funcionários do Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into) e quatro representantes de fornecedores da unidade, que estariam envolvidos em fraudes em contratos que somam, segundo o órgão, R$ 8,6 milhões.

A denúncia foi elaborada depois de analisado o relatório encaminhado pela Polícia Federal que abriu inquérito para apurar fraudes, desde o uso, em pacientes da rede privada, de próteses adquiridas pela unidade, sem o ressarcimento adequado, até o desaparecimento de bens móveis comprados irregularmente.

Segundo a procuradora Neide Cardoso, integrante da equipe que trabalhou no caso, as fraudes foram cometidas entre 1997 e 2001. "Analisamos as fraudes deste período. Nós recebemos o relatório da Polícia Federal em junho deste ano e desde lá estamos estudando as provas incluídas no inquérito para apresentar a denúncia", informou.

A denúncia foi encaminhada à 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, no dia 17 deste mês.
De acordo com o Ministério Público, estão envolvidos o ex-diretor-geral Paulo César Rondinelli; o ex-coordenador geral de Administração Sérgio Albino de Souza; o ex-chefe da Divisão de Material e Patrimônio Luiz Carlos da Rocha; a ex-chefe da Seção de Licitação Carmem Lúcia de Almeida Amaral Pimenta; o ex-chefe da Seção de Compras Lino Monteiro da Silva; e o ex-presidente da Fundação Médica Pró-Into Joaquim Pizzolante.

Os representantes legais denunciados são ligados aos fornecedores Cilmex Comercial Ltda., Brade Comércio Ltda.,Top Trauma Comércio de Material e Equipamentos Hospitalares Ltda., Volume Construção e Participações Ltda., Gruçaí Construtora Ltda. e LHM Ar Condicionado Ltda.

Segundo o Ministério Público, a Fundação Médica Pró-Into permitiu a má utilização das próteses que seriam compradas pelas mesmas empresas e não repostas ao Instituto, porque as notas fiscais eram falsas.