Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio – Apesar dos avanços na área da educação nos últimos anos, o analfabetismo ainda atingia 10,5% da população com dez anos ou mais de idade em 2004. Em 2003, esse índice foi de 10,6%. Na faixa etária dos 15 anos ou mais, até o ano passado, 11,4% não sabiam ler e escrever. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 2004 (PNAD-2004), divulgada nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa mostra, porém, que no ano passado, apenas 2,9% das crianças e adolescentes de sete a 14 anos de idade não freqüentavam a escola. Os menores índices de crianças fora da escola nesta faixa etária estavam no Sudeste (1,9%) e no Sul (2,2%). No norte do país, 5,1% dos jovens de 7 a 14 anos de idade não estudavam em 2004. No Nordeste eram 3,9% e na região Centro-Oeste, 2,8%.
A rede pública atendia, no ano passado, a maioria dos estudantes de cinco anos ou mais (80,9%). No ensino superior eram atendidos 26,1%. Ou seja, três de cada quatro alunos do ensino superior estudam em faculdades privadas. No ensino médio, as escolas públicas atenderam 85% dos alunos e no ensino fundamental, 89%. No pré-escolar, a rede pública atendia em 2004 75,7% dos estudantes.
Na população de dez anos ou mais de idade, a proporção dos que atingiam pelo menos 11 anos de estudo (concluíam pelo menos o ensino médio) ficou em 26%. Para o IBGE, esse resultado reflete a maior escolarização das mulheres, já que o contingente feminino de 11 anos de estudo corresponde a 27,7%, situando-se em 3,6 pontos percentuais acima do referente à população masculina.
No grupamento das mulheres ocupadas, 40% tinham concluído o ensino médio, ficando 10,8 pontos percentuais acima do indicador relativo aos homens.